Federação das Indústrias de Minas Gerais alerta para o caos e pede a volta da normalidade
A indústria de Minas Gerais vem a público expressar a sua grave preocupação com a dramática situação do país, exigir a desobstrução das estradas e a normalização do transporte de carga no Brasil.
Entendemos que a paralisação é legítima em seus objetivos, mas deve ser encerrada uma vez que as principais reivindicações dos caminhoneiros já foram atendidas com a redução do preço do diesel e com o estabelecimento de novos critérios para reajustes futuros.
Em permanecendo o movimento, a sociedade brasileira, que já foi drasticamente penalizada com o desabastecimento generalizado, corre o risco de prejuízos ainda maiores, como o aumento do desemprego, atraso generalizado no pagamento de salários nos setores público e privado, falta de gêneros alimentícios e até suspensão de serviços médicos nos hospitais, como já está acontecendo.
Sem condições para receber matéria-prima, produzir e transportar sua produção, é impossível vender. Sem vender não há como pagar os salários gerados pelo setor. Não há, igualmente, como honrar compromissos com os fornecedores e com os bancos, com claro risco de insolvência generalizada na economia.
Só em Minas Gerais, de terça a domingo da última semana, as perdas estimadas somam R$ 6,6 bilhões na economia e de R$ 1,35 bilhão no setor industrial. A estimativa de perda no recolhimento de ICMS, imposto que financia a prestação de serviços essenciais à população – saúde, educação, segurança pública – atingiu a R$ 491,6 milhões na economia, dos quais R$ 302,8 milhões na indústria.
Neste cenário, o bom senso e os interesses da sociedade e do país recomendam o encerramento da paralisação para evitar que os prejuízos se agravem ainda mais e que surjam novos movimentos, de cunho oportunista, e interferências político-partidárias.
Esperamos que este episódio tenha cumprido o objetivo de advertir o governo para a necessidade de prover soluções que atendam às demandas de todos os segmentos da sociedade e da economia, sem limitar-se a questões pontuais e setoriais.
Fonte: FIEMG