O presidente do Sindicato das Indústrias de Itajubá (SIMMMEI), André Gesualdi, fez uma apresentação dos trabalhos desenvolvidos pela instituição aos membros da Comissão Permanente de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia da Câmara Municipal de Itajubá.
A comissão é presidida pelo vereador Raimundo Santi e tem como membros Renato Moraes, José Vladimir dos Santos e Francisco Marques. O encontro aconteceu na quinta-feira, em 1º de junho.
O objetivo da comissão é fazer um levantamento e falar com profissionais que atuam na área para propor ações e possíveis leis que potencializem os setores envolvidos, como comércio, serviços, indústria e EBTs (empresas de base tecnológica). Também já estiveram na comissão o secretário municipal de Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Fernando Bissacot; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Itajubá, Georges Kallás; e o gerente da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá (INCIT), Maurício de Pinho Bitencourt.
André Gesualdi explicou aos vereadores que o parque industrial de Itajubá sofreu abalos em função da crise econômica, que ainda persiste: perdeu-se empregos, empresas fecharam e muitas sofrem com a queda de faturamento porque houve diminuição no ritmo de produção. Como exemplo, citou que o setor empregava 9.844 pessoas em janeiro de 2015. Em abril deste ano, este número caiu para 7.752, ou seja, 2.092 vagas a menos.
Durante o encontro, André Gesualdi falou ainda sobre os pontos fortes e fracos de Itajubá, além de pontuar oportunidades e ameaças que a cidade enfrenta. Como pontos fortes, lembrou que o município possuí uma boa qualidade de vida, com uma educação de excelência, contando com mais de dez mil alunos nas universidades e faculdades presentes em Itajubá. Citou ainda que há mais de 1,3 mil estudantes nas escolas de cursos técnicos.
“Temos mão-de-obra especializada, localização estratégica e vocação industrial e tecnológica”, destacou André Gesualdi. Por outro lado, citou algumas “fraquezas” de Itajubá: uma delas é a topografia desfavorável, o que limita a implantação de empresas de médio e grande porte. “Mas precisamos tirar proveito porque temos a chance de investir em novas áreas, destinadas às pequenas indústrias”, completou.
Para André Gesualdi, Itajubá, uma cidade com quase 200 anos, “precisa, na verdade, de um planejamento estratégico de médio e longo prazo, visando a construção de uma nova Itajubá”. “Talvez o único planejamento estratégico realizado para Itajubá – amplo, rico e completo – não foi utilizado: Itajubá Tecnópolis”, completou.
O SIMMMEI, fundado em novembro de 1988, representa as indústrias do município: são 65 associados, que empregam 3.500 das 7.600 pessoas que trabalham na indústria itajubense. Mais informações:www.simmmei.com.br
Fonte: Agência Contexto